sábado, 10 de maio de 2008

Diário da Campanha IV

9 DE MAIO DE 2008


LISBOA - CASTELO BRANCO - LISBOA


Nova manhã de trabalho na Assembleia da República impede o candidato de fazer campanha. No Plenário discute-se um diploma sobre as Regiões de Turismo. No Gabinete, Pedro Santana Lopes organiza a próxima semana parlamentar, põe a correspondência em dia e recebe representantes sindicais.

O almoço breve do candidato com elementos da campanha precede uma tarde de gravações de respostas a perguntas de militantes que irão constar no site. No blogue pessoal escreve sobre as Directas nas Eleições americanas e a força que esta legitimação dá, depois, aos candidatos no confronto externo. Tempo ainda para receber pessoas que se dirigem à sede nacional para entregar flores, pedir que assine uns livros ou, simplesmente, oferecer apoio à candidatura. Entre elas, alguém que começou por apoiar outro candidato mas não conseguiu manter-se quando soube da decisão de Pedro Santana Lopes também concorrer.

Sucedem-se os telefonemas para escolher os mandatários em todo o País. Em Aveiro fica Jorge Tadeu, Deputado da Comissão dos Negócios Estrangeiros e Secretário-Geral adjunto do PSD. O Secretário de Estado de Sá Carneiro, Carlos Sousa Brito, dá o seu apoio e integra a Comissão de Honra.

No final da tarde, partida para Castelo Branco onde um grupo de militantes de todas as candidaturas espera Pedro Santana Lopes para jantar seguido de sessão de esclarecimento. Foi este o primeiro destino por si escolhido na campanha das Legislativas de 2005. E este o Distrito da primeira Presidência Aberta que o líder parlamentar do PSD fez no País. A sala está cheia, talvez 200 pessoas. Como se disse, estão presentes militantes com escolha múltipla, como importa a quem se quer esclarecer.



Carlos São Martinho, Presidente da Distrital, e Manuel Frexes, mandatário por Castelo Branco fazem os discursos de apresentação. Amável o anfitrião. Eloquente o segundo: «A responsabilidade de controlar o défice é do Governo não das famílias e das empresas», referiu a propósito da política fical de Sócrates que Santana Lopes desenvolveria.

Durante cerca de uma hora o candidato convidou os militantes a pensarem na sua escolha com liberdade e conhecimento de cada proposta. Insistiu na ideia: «Quando escolhemos um líder temos de saber o que é que ele quer fazer quando for eleito. Ninguém tem o direito de dizer que só depois dirá o que fará (...) votar no escuro? não». A assistência interrompeu várias vezes com aplausos. Aconteceu também quando o candidato disse que queria ordem no partido: «Qualquer um que esteja viciado em pôr em causa o líder eleito, terá de fazer uma escolha».

Numa clara alusão à herança de Durão Barroso no Governo, Pedro Santana Lopes lembrou os militantes que sempre que exerceu o poder com legitimidade própria, não houve lugar a quaisquer «desvarios», seja na Cultura, na Figueira ou em Lisboa: «Todos estavam em convergência». Depois falou de Portugal, da falta de ambição, de esperança e de fôlego que uma política fiscal castigadora e orçamental impõe ao País. «Está instalada uma cultura à luz do pensamento macro-económico» Defende antes uma política de estímulo ao investimento e mostrou-se inconformado com o atraso português em relação a quase todos os países europeus. «Porque será que a Espanha, a Grécia e os países de Leste podem fazer mais e melhor? Porque regredimos quando os outros avançam?».

O candidato traçou o caminho da aposta no equilíbrio das contas públicas através da correcção das receitas pelo lado indutor da economia, uma vez que a despesa tem dificuldades em manter-se ou em descer. Defendeu a harmonização fiscal com Espanha no IVA e no IRC e um programa de estímulo às empresas, tal como Espanha o fez agora, apesar de estar numa situação francamente melhor. «Temos de apostar nos caminhos que levam Portugal ao crescimento».


Publicado por: Candidatura Pedro Santana Lopes