quinta-feira, 15 de maio de 2008

Carlos Carreiras explica porque não vota Manuela Ferreira Leite


Destaque para a intervenção de Carlos Carreiras ontem em Cascais na Sessão de Esclarecimento de Pedro Santana Lopes. Apesar de não ter decidido ainda o seu sentido de voto, elogiou Santana Lopes e disse que não se pode propor para Lisboa quem não se deseja para líder do PSD. E adiantou que, em qualquer circunstância, o apoiaria sempre para Lisboa.Depois passou a enunciar as múltiplas razões pelas quais não vota em Manuela Ferreira Leite. Entre as quais, considera particularmente grave a parcialidade com que lidou com a questão financeira da Câmara Municipal de Lisboa tendo preferido atacar a gestão de Pedro Santana Lopes durante os últimos anos, posição que manteve publicamente mesmo quando o Tribunal de Contas a esclareceu sobre esta matéria no sentido contrário.

Também Carlos Carreiras, no exercício das suas funções, precisou de analisar este dossier e constatou que as acusações de desequilíbrio orçamental que conhecia pela Comunicação Social eram injustas e infundadas tendo verificado que a despesa desceu, a receita subiu e o passivo diminuiu.

DIÁRIO DE CAMPANHA IX














14/05/08

LISBOA – CASCAIS

Manhã parlamentar. Em preparação, o agendamento potestativo do PSD marcou para amanhã sobre Políticas Públicas de Família. Seis projectos de lei que foram apresentados no dia em que o PS aprovou a nova lei do divórcio. Ainda nesta manhã, na sede de campanha, o candidato dá uma entrevista ao Público. Parlamento depois do almoço.

A meio da tarde as rádios e televisões anunciam a decisão de Alberto João Jardim de não se candidatar à Presidência do PSD. O líder madeirense declara o seu apoio à candidatura de Pedro Santana Lopes. «Foi uma posição que aguardei com respeito e que registo com muita satisfação», dirá o candidato. Também Mendes Bota, Presidente da Distrital do Algarve apoia Pedro Santana Lopes à liderança. A campanha aquece.O serão em Cascais revela esta dinâmica. Todos não cabem na sala grande do Hotel Baía onde Pedro Santana Lopes se bate pela clarificação das diferenças entre os candidatos e as propostas, sem jogos prudenciais. «No PSD há vários equívocos que importa clarificar. É preciso saber como chegámos aqui». Lembra que em Junho de 2004 o PSD e o CDS obtiveram juntos o pior resultado de sempre (e não em Fevereiro de 2005). Nessa altura, Manuela Ferreira Leite revelou que já tinha pedido para sair do Governo porque não tinha condições para continuar atendendo à severidade das políticas que tinha adoptado na pasta das Finanças. Pedro Santana Lopes diz que estava bem na Câmara de Lisboa mas honrou o compromisso com Durão Barroso, com o Partido e com o País.

«Nos seis meses que estive no Governo, não fui apoiado por aqueles que andei a defender por todo o País durante dois anos, nos debates com José Sócrates e nos artigos que escrevia no Diário de Notícias». A sala cala o orador com aplausos. «Se tivéssemos sentido esse apoio, Jorge Sampaio não tinha sentido margem para fazer o autêntico Golpe de Estado Constitucional de dissolver o Parlamento com uma maioria estável». Novo aplauso.

Depois fala das políticas que cada candidato apresenta e convida os militantes a escolherem bem, não por questões menores, mas por Portugal. «Qual dos candidatos tem as políticas que considero melhores para o País?». Pedro Santana Lopes não se resigna à sorte de Portugal que não descola dos últimos lugares nos índices de desenvolvimento sobretudo se comparado com a Grécia, a Eslováquia ou alguns países do Báltico. «Não são os Primeiros-Ministros e os Ministros das Finanças, como Manuela Ferreira Leite, que são incompetentes. São as políticas que estão erradas. SÓ SE FALA A UM POVO DE CASTIGO, NÃO SE FALA A UM POVO NUM CAMINHO. Temos de romper com esta obstinação de seguir sempre as mesmas políticas» em relação às quais considera que há no País uma mentalidade de resignação e de contenção.




O debate é particularmente animado. «Ouvi-o com muita atenção e deixou-me plenamente satisfeito», diz Alfredo Farinha, «Se for capaz de dizer ao País o que disse aqui, ganha as Legislativas. Vai ser mais difícil ganhar as primárias do que destruir o mito com pés de barro que se chama Sócrates».

Destaque ainda para a intervenção de Carlos Carreiras: «Nesta escolha, estou no pior dos mundos: não sei o que quero mas sei o que não quero». Apesar de não ter decidido ainda o seu sentido de voto, elogiou Santana Lopes e disse que não se pode propor para Lisboa quem não se deseja para líder do PSD. E adiantou que, em qualquer circunstância, o apoiaria sempre para Lisboa.

Depois passou a enunciar as múltiplas razões pelas quais não vota em Manuela Ferreira Leite. Entre as quais, considera particularmente grave a parcialidade com que lidou com a questão financeira da Câmara Municipal de Lisboa tendo preferido atacar a gestão de Pedro Santana Lopes durante os últimos anos, posição que manteve publicamente mesmo quando o Tribunal de Contas a esclareceu sobre esta matéria no sentido contrário. Também Carlos Carreiras, no exercício das suas funções, precisou de analisar este dossier e constatou que as acusações de desequilíbrio orçamental que conhecia pela Comunicação Social eram injustas e infundadas tendo verificado que a despesa desceu, a receita subiu e o passivo diminuiu.