quarta-feira, 21 de maio de 2008

Discurso Directo / Santana Lopes na SIC

23h - 20/05/2008


I


«Não levo ninguém atrelado. Estou livre. Não tenho compromissos com ninguém. Posso escolher a equipe que quero para o partido, para o Parlamento Europeu e para as Autárquicas. O que quero é, fundamentalmente, que as bases escolham as suas equipas. Estou a pensar, logo a seguir ao Verão, fazer uma 1ª proposta de candidatos. Quero que os candidatos digam perante as bases a que se comprometem: quantas vezes estão com elas? De que modo? Como é que se organizam?Vamos escolher bem os deputados para saber que não nos enganamos e que há renovação, que não são sempre os mesmos».

II

« A Dra Ferreira Leite tem uma visão muito centralizada da governação. Uma visão muito orientada segundo a qual quem tem de poupar são as autarquias, quem deve controlar os orçamentos são as autarquias. E o Estado Central? Vamos ver os números e quanto é que o Estado reduziu durante estes anos? Os autarcas em muitos casos fazem mais obra em proporção com o dinheiro que têm por transferência ou por receitas próprias. Devem poupar? Sem dúvida. Como PM impus uma meta muito rígida que a Associação de Municípios contestou. Mas não olho para os autarcas como os bodes expiatórios dos males do País. Qual foi o imposto que Manuela Ferreira Leite falou em baixar? No IMI porque é receita das autarquias. Veja lá se diz que baixou um imposto do Estado?

III


«Não quero Manuela Ferreira Leite outra vez a governar Portugal num posto de responsabilidade nomeadamente na governação económica com responsabilidades na política financeira. Uma pessoa que vê a política fiscal como um mero instrumento de política orçamental e não de política económica. A política fiscal é um dos instrumentos fundamentais de intervenção de quem governa a política económica de um país. Governar só a olhar para a coluna da despesa, que é difícil de comprimir, e pensar: falta-nos dinheiro para o défice que queremos? ou para o saldo orçamental que queremos? Vamos aumentar as taxas, os escalões, os impostos mesmo sem que a actividade económica cresça. Quem não governa assim? O que é difícil é mobilizar a comunidade nacional como fez Cavaco Silva. Em vez de um castigo indicar um caminho. Fazer as pessoas sentirem que têm uma meta como país».

IV
«A credibilidade é a coerência entre o que se pensa, o que se diz e o que se faz. Obra? Tenho no país todo. Gostava de saber qual é a obra que têm para apresentar as outras pessoas nomeadamente as que falam em credibilidade. Tenho obra no Porto, no Minho, em Bragança, e no Algarve. Falo em teatros, bibliotecas públicas e arquivos distritais. Tenho obra na Figueira e em Lisboa (...) Essas senhoras e senhores passam a vida a dizer que fazem mas depois não fazem. Chegam ao poder e dizem que não podem fazer o que dizem. É muito bom falar mas onde está a sua obra? Espero que, um dia, Pedro Passos Coellho se candidate a uma câmara. Procurarei dar-lhe essa oportunidade se ele estiver disponível para isso. Ganhe-a e faça a sua gestão. Mas candidatou-se à Amadora e não ganhou. Candidatou-se duas vezes à Distrital de Lisboa e não ganhou. E depois de 4 ou 5 anos de acabar o seu processo de formação querem ser Primeiro-Ministros?

Diário de Campanha XV



21/05/2008

LISBOA - FELGUEIRAS - PAÇOS DE FERREIRA



Hoje Pedro Santana Lopes dá uma entrevistas ao Diário Econónico sob o título «Não estou aqui para perder com Sócrates» e à Sábado sob o título «Estar no activo (na política) prejudica-me». O DE apresenta em destaque outras declarações: «Os que têm feito mal à economia portuguesa são os que são vistos como prudentes e sensatos»; «O que me revolta é ver o mesmo discurso, as mesmas pessoas, o mesmo caminho, a quererem levar Portugal para os mesmos resultados»; «Quero tirar a maioria absoluta a Sócrates para ficarmos nós com a maioria, não digo absoluta mas talvez relativa».




Também a revista Visão publica um trabalho sobre os candidatos «Na estrada com...». Sobre Pedro Santana Lopes destaca: «Nos seus discursos promete um Portugal descentralizado e um Estado mais leve. Propõe aliviar a despesa pública através, por exemplo, de rescisões amigáveis na Função Pública». A sondagem que publica mostra que está tudo em aberto sobre o resultado final destas Directas. Já o jornal Semanário




À tarde, o candidato não fez campanha porque liderou a bancada parlamentar num debate com o Primeiro-Ministro sobre economia. Felicitou Sócrates pelas seis medidas que apresentou para tentar desafogar as empresas - uma iniciativa que Pedro Santana Lopes há muito reclamava e que ainda em Abril último exortou o PM a concretizar. Sócrates admitiu que o líder parlamentar do PSD já lhe tinha proposto estas medidas e disse: «Leve a Taça. É sua». E é.




Logo depois o candidato seguiu para um jantar em Felgueiras no Restaurante Columbinos e uma sessão de esclarecimento na sede concelhia de Paços de Ferreira. Amanhã Pedro Santana Lopes será recebido por Alberto João Jardim no Aeroporto da Madeira com quem passa a manhã reunido na Quinta da Vigia e almoça. Volta ao Continente para estar com apoiantes em Santarém e, depois, num jantar em Ourém, no D. Nuno em Boleiros.

Diário de Campanha XIV

















20/05/08
LISBOA - OEIRAS
Hoje importa destacar a entrevista que Pedro Santana Lopes deu à SIC - Notícias, às 23h, oportunamente chamada «Dia D». (http://www.pedrosantanalopes.com/)


De ali, já à meia-noite, o candidato não deixou de passar na Biblioteca Municipal de Oeiras onde os militantes resistiram à espera do final da entrevista. Pedro Santana Lopes agradeceu, reconhecido, essa atenção e declarou: «Conheço o País nas várias dimensões, a nivel autárquico, regional, europeu, do poder central na perspectiva de uma pasta sectorial e de toda a governação. Conheço o terreno, as realidades e os processos de decisão. Conheço onde eles empatam. Sei o que quero fazer. Continuo a acreditar no que quero fazer. Governarei com médodo, rigor e a devida cadência. E vamos ganhar. Viva o PSD! Viva Portugal!».