sexta-feira, 30 de maio de 2008

Diário de Campanha XXIII

30/05/2008

LISBOA - PORTALEGRE - GUARDA - LOUSADA - BARCELOS - PORTO

A última etapa da campanha é uma das mais longas mas também, uma das mais reconfortantes. Depois dos debates da SIC, com os outros candidatos, e do Parlamento, com José Sócrates, Pedro Santana Lopes recebe múltiplos apoios de militantes que decidiram passar a votar na sua candidatura. Fazem-no pelo telefone ou para a sede em Lisboa. A campanha conhece um movimento extraordinário nesta recta final como se, finalmente, as pessoas tivessem tomado consciência do que está verdadeiramente em causa nestas Directas.
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De manhã cedo, o candidato teve uma reunião no escritório de advocacia participando em seguida nos trabalhos parlamentares. Durante toda a campanha, Pedro Santana Lopes fez questão de nunca faltar a nenhuma sessão plenária assumindo plenamente as suas responsabilidades como líder da bancada do PSD. Recorde-se que, entre as várias sessões, contaram-se dois debates quinzenais sobre a situação económica do País, frente-a-frente, com Primeiro-Ministro. Depois do Parlamento, o candidato fez-se à estrada. Esperavam-no mais de mil quilómetros.
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Em Portalegre conduziu uma sessão de esclarecimento particularmente aprofundada. Na assistência, que mal cabia na sede, contavam-se vários Presidentes de Câmara - como o de Portalegre, Sousel e Marvão - que ali se delocaram para o ouvir e colocar questões que consideram imprtantes para a Região. Destaque para a intervenção de Mata Cáceres que, não votando nas Directas, acompanhou a campanha e ali confessou que tinha evoluído na sua posição em relação aos candidatos, no sentido da linha de pensamento de Pedro Santana Lopes. «Pensamos o mesmo» concluiria o candidato.
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Seguem-se longas etapas de estrada até à Guarda, Lousada e Barcelos, antes do Porto. O candidato quer de volta «um partido bem disposto, mobilizado, com as portas abertas, confiante e com orgulho na sua história». E deixa este rasto no final das sessões. É apresentado como «um Homem que semre pegou na bandeira quando foi preciso», sobretudo quando o PSD estava na Oposição: para conquistar a Câmara da Figueira e de Lisboa ou, estando no poder, para assumir as responsabilidades do PSD quando Durão Barroso foi para Bruxelas.
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Na Guarda, o candidato é confrontado com um episódio insólito. Nessa mesma semana foi aprovada uma moção na Distrital, apresentada por dois elementos da candidatura de Manuela Ferreira Leite, com todas as ideias contrárias à candidata e que o próprio defende em matéria de impostos, combate à desertificação, descentralização etc. O que estaria certo: a moção ou a MFL? Os proponentes foram claros: a moção. Pedro Santana Lopes reafirma que se candidatou para a clarificação e não gosta destes equívocos que persistem no PSD.
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Em Lousada, 230 quilómetros depois, um militante, antigo Presidente da Junta de Meiredo pediu para falar já no final da sessão. Queria agradecer o restauro da Igreja da sua Freguesia - Património Nacional - que estava a cair há décadas. Na altura, nos idos anos 90, foi a Lisboa com o pároco falar com o Secretário de Estado da Cultura, Pedro Santana Lopes que avaliou o dossier e realizou a obra. E o Monumento Nacional de Meiredo recuperou o brilho secular que perdura.
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Barcelos foi uma sessão extraordinária. Sala cheia e discurso mais solto, mais idealista sem a exigência do conjunto de ideias que importava transmitir desde o início da campanha. Barcelos é uma terra especial para o candidato pelas suas ligações a Francisco Sá Carneiro e ao PSD. Foi também ali que Pedro Santana Lopes escolheu ser eleito Presidente do Partido em Novembro de 2004. Destacam-se trechos do discurso:
«Não me engasgo nos debates da televisão porque não tenho que improvisar nem pensar nas conveniências. Sou coerente e sei o que sou há muitos anos. Sei o que é ser liberal e ser social-democrata»
«Quero apanhar Espanha e, se possível, passar-lhe à frente. Fui edicado assim».
«Dou Graças a Deus por fazer esta campanha e por poder lutar pelo que acredito».
Final do dia e final da campanha na Exponorte, no Porto. Sala cheia com mais de 700 pessoas, muitas vindas de Gaia. Pedro Santana Lopes presta tributo a este Partido «cheio de força, extraordinário» e lembra que, no dia seguinte, se faz uma escolha para a vida das gerações futuras de Portugal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Dr. Pedro Santana Lopes,

Estive na Exponor, autografou o livro que lhe pedi e fiquei emocionada e com uma grande esperança de o ter como Presidente do nosso PPD/PSD.
Infelizmente ( e porque continua a ser traído por alguns que bem precisaram da sua voz no Parlamento) não venceu mais esta batalha.
Continuo com esperança que o dia vai voltar. Quero que saiba que estou desiludida com as "bases" que não votaram em si, mas também sei que não vai demorar muito tempo para eles se aperceberem que, a credibilidade que tanto foi apregoada como símbolo máximo nestas eleições, não é só virtude daqueles que tanto a apergoaram.
Quero que saiba que pode contar sempre com o apoio desta simples mas consciente militante nº. 1 do Concelho da Maia.