domingo, 18 de maio de 2008

Diário de Campanha XI



16/05/2008


LISBOA - LOUROSA - MATOSINHOS - TROFA


O Acordo Ortográfico faz a agenda do Plenário na Assembleia da República desta manhã. Pedro Santana Lopes chega cedo ao Parlamento, vindo do Porto. Quer participar na discussão e votação do Acordo que assinou em 1990 no Palácio da Ajuda enquanto Secretário de Estado da Cultura. «O Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva, quando me convidou para a pasta da Cultura incumbiu-me de dois dossiers importantes: o Centro Cultural de Belém e o Acordo Ortográfico», disse. Levaria os dois a bom porto. Foi agora assinado o II Protocolo Rectificativo para que o acordo entre em vigor em todos os países que o rectificam e inclui Timor-Leste.

Ainda em Lisboa, o candidato dá uma entrevista à revista Sábado antes de partir para a Lourosa onde, no Anfiteatro da Junta de Freguesia, expõe de novo os argumentos que o levam a candidatar-se. Não ignora os receios dos que consideram que a experiência de 2004 o pode prejudicar: «Quando fui eleito na Figueira e em Lisboa ninguém da minha equipe andou por fora, a agir contra mim. Trabalhávamos todos no mesmo sentido». Considera que sempre garantiu a união de esforços e a produtividade quando teve legitimidade política, o que não aconteceu quando aceitou a responsabilidade do XVI Governo Constitucional.

Neste dia Pedro Passos Coelho diz que prefere não ter experiência governativa a ter a de Pedro Santana Lopes. Para Santana caiu finalmente a máscara de simpatia do seu adversário o que é bom ver quem fez o jogo dos que o combateram em 2004/5. «Não me ouvem falar contra o meu partido, mesmo quando os que o lideraram não era quem eu preferia».

Já sobre a experiência de Manuela Ferreira Leite, interroga a assistência: «Está preparada para ser Primeira-Ministra? Sim. Mas não concordo com a sua eleição pelas atitudes que teve no percurso do PSD nos últimos anos e, sobretudo, porque não concordo nem um pouco com o seu projecto de desenvolvimento para Portugal».

Em Matosinhos, a concelhia está à cunha para ouvir Pedro Santana Lopes durante 15 minutos intensos, pela argumentação apresentada e porque o tempo urge. Fala da ordem e da renovação necessárias ao PSD. Diz que devem ser as bases a decidir a representação do partido e mostra-se contra a transferência de nomes entre os distritos quando chega a hora das listas para o Parlamento. Sente-se capaz de unir o Partido na clarificação tal como tem feito no grupo parlamentar, com resultados. Agradam-lhe os elogios de Luís Filipe Menezes ao seu trabalho mas o que lhe importa é a declaração: «Foi de uma lealdade irrepreensível. Esse é o mais me importa».


Antes do dia acabar, espaço ainda para outra sessão de esclarecimento no auditório da Junta de Freguesia da Trofa. «Está em causa a opção de um caminho para Portugal. O que preconizo há muito é que é tão importante o equilíbrio orçamental como o crescimento económico. Um Governo pode ter de pedir sacrifícios mas tem de saber dizer também o que fazer, como o fazer e dar esperança. Temos muito castigo mas poucos objectivos».

Sem comentários: