terça-feira, 27 de maio de 2008

Diário de Campanha XX




26/05/2008

CELORICO DE BASTO - AMARES - ESPOSENDE - VILA VERDE - BRAGA
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O Minho recebe Pedro Santana Lopes com chuva miúdinha e muitos militantes. A dinâmica da campanha cresce à medida que se aproxima da recta final. Os debates animam e o candidato demora-se mais do que o previsto em cada destino. De novo, o facto de ser o único candidato presente no Parlamento é repetido nas perguntas e respostas. Pedro Santana Lopes reconhece que é politicamente muito importante que o líder da Oposição se afirme semanalmente, cara-a-cara, com o Primeiro-Ministro na Assembleia da República. E só ele pode desmascarar ali as promessas não cumpridas de José Sócrates.
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Este o primeiro de cinco pontos de uma carta que Pedro Santana Lopes enviou hoje, por mail, a 25 mil militantes para ponderação na escolha de dia 31 de Maio. Nos outros pontos ressalta ainda a avaliação do percurso político e profissional dos candidatos sendo que PSL tem a vantagem de ter sido Presidente de uma Câmara média e do maior Município de Portugal, presidiu ao Conselho da Região Centro, foi deputado europeu e, a nível do Poder Central, exerceu durante sete anos duas pastas com incidência transversal em todo o País: a Presidência do Conselho de Ministros e a Cultura. Como disse em várias intervenções: «Sei onde os processos páram e o que é preciso para os fazer avançar. Tenho obra feita em todo o País. A credibilidade mede-se na coerência entre o que se pensa, o que se diz e o que se faz. E a minha obra fala por si».
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Sem ignorar as fragilidades políticas que podem ser sugeridas, Pedro Santana Lopes aborda a questão do seu regresso à liderança «tão cedo» depois dos resultados de Fevereiro de 2005. «Sei que alguns consifderam que ainda é cedo para me candidatar a PM. Lembro que, em Junho de 2004, aceitei o poder sem ter possibilidade de o legitimar pelo voto, depois da maior derrota eleitoral de sempre do PSD coligado com o CDS-PP, nas Europeias de Junho de 2004, disputadas por Durão Barroso e Paulo Portas. Viviam-se tempos difíceis no PSD e no País. Podia ter continuado o trabalho tão gratificante na Câmara de Lisboa mas entendi que o meu dever era garantir a continuidade do PSD à frente dos destinos do País. Não correu bem. Mas todos reconhece, que dominava, como domino, os dossiers e não me apontam um erro nas medidas tomadas na governação. Não volto a aceitar o poder de outras mãos, que não as do povo. Sei que sempre que o exerci com legitimidade directa nunca tive problemas na prossecução das minhas políticas nem com a disciplina das minhas equipas».


«No dia 31 votaremos também em propostas diferentes para o País. Há um caminho para Portugal em que acredito e que só eu defendo porque não vi representado por nenhum dos outros candidatos. Logo de início, apresentei um Manifesto com as linhas orientadoras da acção governativa para o País, onde destaco a prioridade do crescimento económico aliado a uma política progressiva de harmonização fiscal com Espanha e ao equilíbrio das Contas Públicas. Tenho como causa das causas o combate à desertificação a par da protecção das instituições essenciais e dos mais desfavorecidos. Por isso entendo que, em matérias como a Justiça e a Saúde, o Estado deve reforçar a sua intervenção, ao contrário que defendem outros candidatos que se confessam mais liberais. Sinto-me bem nos princípios da nossa matriz social-democrata».

«Finalmente, considero que sou o candidato que está em melhores condições para confrontar José Sócrates nas Legislativas de 2009. Os Portugueses sabem que perdi as últimas eleições falando sempre a verdade sobre o que faria depois de eleito. Não garanti o que não podia. E lembram-se bem que, na mesma campanha, o actual Primeiro-Ministro tudo prometeu para, depois de eleito, fazer o contrário. Assim foi nos impostos, no emprego, nas pensões, nas taxas moderadoras e nas SCUT, para dar alguns exemplos. Em 2009, não poderá fazer o mesmo à minha frente porque lá estarei para lhe apontar as promessas não cumpridas e porque sou quem tem o mais adequado programa para que, com uma nova ambição nacional, possamos ousar enriquecer Portugal e, em vez de ficarmos para trás, acertarmos o passo ao ritmo de desenvolvimento dos outros parceiros europeus».

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